“Tendo participado, com Ele, de sua morte, participaremos, igualmente de sua ressurreição”.
Cristo ressuscitou! Aleluia, aleluia, aleluia! Queridos irmãos e irmãs, celebramos hoje, a partir da celebração da vigília pascal, a páscoa do Senhor. Sua vitória sobre o pecado e a morte. Eis que na escuridão surge uma esplendida luz, Cristo Senhor. É Ele o sol sem ocaso, que tira o pecado do mundo. A celebração da vigília que, ao cair da tarde, vamos participar, é composta por quatro momentos centrais: a liturgia do fogo novo, a liturgia da Palavra, a liturgia batismal e a liturgia Eucarística. Esses quatro momentos, interligados entre si, expressam a ação de Deus na vida do povo. Nos apresentam um Deus que não fica indiferente as dores pelas quais são submetidos os homens e mulheres de ontem e os de hoje, suas criaturas.
O fogo novo – Jesus é o novo fogo, capaz de gerar vida, de expulsar do mundo as trevas da escravidão do pecado e da morte. Se na morte o sol resolveu não aparecer para não ter que ver toda aquela lamentável situação: a morte de seu criador; na ressurreição, é sol o primeiro a penetrar o ambiente sombrio dotúmulo e vê-lo vazio. Ressuscitou, não está mais lá! Que a luz de Cristo, presente no círio pascal, nos faça sempre ser guiados pela luz de Deus, afim de um dia chegarmos a morada eterna, junto da luz sem ocaso.
Liturgia da Palavra – As sete leituras do antigo testamento, seguidas dos sete salmos, narram para todos nós, os prodigiosos acontecimentos da revelação de Deus ao seu povo. Deus é um “Deus encarnado”, desde sempre, na vida e na história de seu povo. Deus sonda o mais íntimo do coração humano, enxerga suas alegrias, suas tristezas, suas dores. É um Deus incapaz de permanecer ao largo da nossa vida.
Liturgia Batismal – Com a liturgia batismal os fiéis renovam seu batismo. Banham-se nas águas puras de Deus, para assim como Cristo, ressuscitem com Ele para uma nova vida. A ressurreição de Cristo, deve assim como foi sua paixão e morte, nos tocar a todos. Não podemos ficar indiferentes. Essa é uma atitude de telespectadores da fé, que fazem dos mistérios da paixão, morte e ressurreição de Cristo, cenas de um espetáculo. É a valido, sendo, contudo, num ambiente próprio, com características próprias, com motivações também outras, que nem sempre as que temos ao celebrar estes mesmos mistérios da nossa fé.
Liturgia Eucarística – Como membros da mesma igreja de Jesus, nos reunimos ao redor da mesa da Eucaristia, sinal perene de sua presença entre os homens, para comer e beber, com Ele, de seu Corpo e Sangue, dado por Ele mesmo a nós. Celebrar a Eucaristia é também, reconhecer em Jesus o total despojamento de si mesmo. A igreja nasce do lado aberto de Cristo, da água do batismo, que nos introduz na vida de seguimento à Cristo e da Igreja e do sangue da Eucaristia, alimento para os filhos de Deus, peregrinos no caminho da fé. A Eucaristia é o alimento da igreja ainda peregrina neste mundo. É Ela que a mantém unida e peregrina na longa e árdua caminhada até Deus.
Que a participação nos mistérios da ressurreição de Cristo nos anime a todos, a nós e as nossas famílias, na caminhada de fé, na difícil tarefa de nos assemelhamos sempre mais ao autor de nossa vida: CRISTO JESUS, nosso Senhor. Que a graça de Deus aja em nós e nos fortifique.
Leandro Francisco da Silva, SDB
Pós-noviço salesiano
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