Sexta-feira da 3ª semana da quaresma
Evangelho (Mc 12, 28b-34)
Então aproximou-se dele e perguntou: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos? » Jesus respondeu: «O primeiro é este: ‘Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é um só. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força! ’
E o segundo mandamento é: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’! Não existe outro mandamento maior do que estes». O escriba disse a Jesus: «Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: ‘Ele é único, e não existe outro além dele’. Amar a Deus de todo o coração, com toda a mente e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo, isto supera todos os holocaustos e sacrifícios». Percebendo Jesus que o escriba tinha respondido com inteligência, disse-lhe: «Tu não estás longe do Reino de Deus». E ninguém mais tinha coragem de fazer-lhe perguntas.
Reflexão:
Queridos irmãos!
A liturgia da Palavra desta sexta-feira, penitencial, da 3ª semana da quaresma, nos insere num diálogo de Jesus com um mestre da lei. O mestre da lei, talvez na vontade de ouvir algo novo, pergunta a Jesus, qual o maior mandamento. Jesus não só responde qual é o maior mandamento, como também anuncia o que se segue: o amor ao próximo, quase como que, querendo significar que um mandamento não exclui o outro, antes se inter-relacionam harmonicamente, como uma bela orquestra, ao som de Shakespeare.
Eis um mandamento novo! Uma voz nova, pronunciada por um mestre novo, cujas leis, não mais se pautariam no amor somente a Deus, numa relação intimista e infértil. Deus nos pede um amor absoluto, total, contudo, isto não significa a exclusão do amor ao outro. Uma atitude, talvez entendida como um amor consequência da relação com Deus. O amor de Deus é tão grande que não se esgota em nós mesmos. É preciso amar os outros.
O amor ao próximo é exigente, pois tem por medida nós mesmos: […] “e ao próximo como a si mesmo”. Isso nos revela a profundidade, como o que se busca amar. O amor é doar-se a si mesmo, as suas próprias expectativas. Como quero ser amado? – Assim devemos amar! Se queremos que as pessoas nos tratem bem, tratemos, pois, as pessoas bem. É uma máxima que, se todos colocássemos em prática, toda a humanidade ganharia. É preciso, neste sentido, ir contra a corrente, contrária à uma sociedade hodierna cada vez mais individualiza e hedonista.
Toda a lei se resume o amor a Deus e ao próximo, que a exemplo do mestre da lei, a nós apresentado hoje, deixemos nos mover por uma palavra nova, capaz de gerar e transformar vidas, a Palavra de Deus.
Leandro Francisco da Silva, SDB
Pós-noviço salesiano
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