Seu nome de batismo era Castiglione delle Stiviere. Nasceu em 9 de março de 1568, em Roma, Itália. Primogênito, filho de um príncipe do Sacro Império chamado Ferrante Gonzaga. Seu pai era um nobre comandante do exército imperial, que detinha o título de “Marquês de Castiglione”. Este era irmão do Duque de Mântua e herdeiro do feudo de Castiglione.

Perto dos militares e da nobreza

O desejo natural de seu pai era que seu filho mais velho seguisse seus passos, tornando-se soldado e comandante no exército imperial. Por isso, tendo apenas cinco anos, o pequeno Castiglione já marchava seguindo o exército do pai, habituando-se à crueza da vida militar ao lado de soldados rudes. Por outro lado, sua mãe lhe deu uma educação primorosa e sólida formação cristã. Além disso, frequentava os ambientes ricos e aristocráticos da nobreza italiana.

Um chamado diferente

Aquele menino, porém, surpreenderia a família Gonzaga de maneira muito diferente. Quando tinha apenas dez anos, ele foi enviado à cidade de Florença para servir como pajem do grão-duque da Toscana. A partir desse momento, Castiglione decidiu fazer um voto perpétuo de virgindade. Serviu como pajem do filho do rei dom Filipe II, na Espanha durante alguns anos. Nesse tempo, procurou e conseguiu estudar filosofia na Universidade de Alcalá. Nas horas vagas, dedicava-se à oração e às leituras espirituais.

Primeira comunhão – uma reviravolta em sua vida

Estando com 14 anos e ainda na Espanha, Luis recebeu a primeira comunhão das mãos de um santo: São Carlos Borromeu. Tocado pelas palavras do santo e pela força da Eucaristia, Luis sentiu o grande chamado de sua vida. Neste momento ele decidiu se tornar religioso ingressando na Ordem dos Jesuítas. A surpresa foi geral.

Seu pai, mesmo de longe, sentiu que todos os planos que tinha para o filho foram por água abaixo.

Provação por parte do pai

Quando seu pai soube que Luis desejava se tornar padre, chamou-o de volta a Roma e tentou desaconselhá-lo de todas as maneiras. Vendo que o filho não mudava de ideia, começou a leva-lo em festas e banquetes cheios de ofertas de os tipos de prazeres mundanos. Mas, ao perceber que essas coisas não preenchiam o coração do filho, perguntou a ele se mesmo depois de tudo isso, ainda queria ser padre. Luis Gozaga respondeu: “É nisso que penso noite e dia.” Então o pai autorizou-o a entrar para a Companhia de Jesus.

Vivendo a aventura da humildade

Castiglione delle Stiviere entrou no noviciado da Companhia de Jesus em Roma. Neste ato, assumiu o nome de Luiz Gonzaga, renunciou ao seu título de nobreza e à herança a que tinha direito. Seu mestre nesse tempo foi São Roberto Belarmino. Luis Gonzaga deixou de lado sua origem nobre, escolhendo sempre os serviços mais humildes. Nesta aventura da humildade, ele sabiamente constatou: “Também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fétidas”.

De que serve isto para a Eternidade?

São Luis Gonzaga tinha uma pergunta que norteou totalmente a sua vida e lhe serviu de discernimento nas grandes e pequenas decisões da vida. Sempre, diante de algo a fazer ou decidir, ele se perguntava: “De que serve isto para a Eternidade?” Ou, de forma diferente: “Isso que estou prestes a fazer tem alguma coisa a ver com a eternidade? Vai contribuir para que eu conquiste a vida eterna?” Se compreendia que tal coisa ou atividade não ajudaria a leva-lo para a vida eterna, ele não fazia. Este seu “modelo de discernimento” já ajudou a muita gente ao longo de séculos.

Sentido na vida

Por essas decisões, perseverança amor e fé, São Luis Gonzaga se tornou modelo para os jovens. Ele encontrou o verdadeiro sentido da vida, que é conhecer, amar e servir a Deus. Quem procura isso, vive uma vida cheia de sentido. Por isso, na cidade de Coimbra, onde ele também estudou, há uma estátua em sua homenagem, pois ele se tornou um modelo e exemplo de pureza de coração, de discernimento e de busca do verdadeiro sentido da vida para todos os jovens.

Morte

Por motivos de estudo, São Luís Gonzaga precisou ir para Roma. Era o ano 1590. Ao chegar lá, deparou-se com as vítimas de uma doença contagiosa chamada tifo. Ao ver o sofrimento do povo, compadeceu-se de tal forma que passou a ajudar os doentes. Depois de um tempo cuidando dos doentes como podia, ele próprio contraiu a doença e veio a falecer. Era o dia 21 de junho de 1591. São Luís Gonzaga tinha apenas 23 anos e entregou sua vida em favor da caridade e da pureza de coração. Por isso, São Luís Gonzaga é o padroeiro da juventude e dos estudantes. Seus restos mortais foram sepultados na Igreja de Santo Inácio, fundador da ordem Jesuíta, em Roma.

Oração a São Luís Gonzaga

Ó Luís Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na terra, mereça gozar a Deus convosco lá no céu. Amém.”

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