Quarta-feira da 22ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Lc 4,38-44)
Naquele tempo:
38 Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão.
A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta,
e pediram a Jesus em favor dela.
39 Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre,
e a febre a deixou.
Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los.
40 Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes
atingidos por diversos males,
os levaram a Jesus.
Jesus colocava as mãos em cada um deles e os curava.
41 De muitas pessoas também saíam demônios,
gritando: ‘Tu és o Filho de Deus.’
Jesus os ameaçava, e não os deixava falar,
porque sabiam que ele era o Messias.
42 Ao raiar do dia, Jesus saiu,
e foi para um lugar deserto.
As multidões o procuravam e, indo até ele,
tentavam impedi-lo que os deixasse.
43 Mas Jesus disse:
‘Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus
também a outras cidades,
porque para isso é que eu fui enviado.’
44 E pregava nas sinagogas da Judéia.
Reflexão:
Queridos irmãos,
A liturgia da Palavra desta quarta-feira nos adverte sobre dois aspectos igualmente importantes, a saber: o do serviço e o da oração. Com certeza muitos seriam os aspectos a tratar, gostaria, contudo, por uma questão metodológica, me dedicar a apenas estes dois.
O primeiro aspecto, o serviço, é narrado na leitura, logo após a cura da sogra de Pedro. O evangelista deixa claro que logo após ser curada a sogra de Pedro os serve. O contato com Jesus deve nos levar ao serviço, a doação de si para o bem da Igreja e de todo o povo. Dialética parecida passou Jesus, nestas mesmas páginas evangélicas.
No segundo aspecto, a oração, é possível de ser lido a partir do momento em que Jesus vai ao deserto. O deserto é o lugar da solidão. No deserto o confronto é consigo mesmo. No deserto impera o silêncio. É um momento oportuno de oração. Mas é preciso ir às cidades. É preciso ir até as pessoas.
Jesus nos ensina que as duas realidades, o serviço e a oração, não se excluem mutualmente, antes se correlacionam. Que Deus nos ajude a viver assim, na graça da unidade, o que aparentemente se parecer contrapor.
Leandro Francisco da Silva
Pós-noviço salesiano